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Teste de Ishihara

Teste de Ishihara
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
5 min. de leitura

O daltonismo é uma condição clínica rara, mas que pode ser identificado com exames simples, como o teste de Ishihara

Você já se perguntou se o que você conhece como azul é o mesmo que outras pessoas enxergam? A verdade é que existem pessoas que enxergam as cores de forma diferente e, para identificar essa questão, existe o teste de Ishihara, ou teste de daltonismo.

Antes, é importante entender se você já possui algum sintoma para o daltonismo, como a dificuldade de identificar as cores, especialmente na identificação e percepção do vermelho e do verde. É raro, mas algumas pessoas conseguem perceber e identificar apenas as cores branco e cinza.

Os pais podem suspeitar que um filho sofre com esse problema desde a infância, especialmente nas brincadeiras de encaixe de cores e escolha de roupas. Continue a leitura e entenda como o teste de Ishihara pode ajudar.

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O que é o teste de Ishihara?

O teste de Ishihara é um teste de visão de cores que mede a capacidade de diferenciar tons entre si. O teste é simples, indolor, sem a necessidade de colírio e pode ser feito dentro da consulta com o oftalmologista com um profissional da sua confiança.

Como o teste de Ishihara é feito?

Para começar, é o seu oftalmologista que irá fazer o teste, dentro do consultório. Você se sentará em uma sala iluminada. Em seguida:

  • O médico irá orientar para que você cubra um olho e, em seguida, usando o olho descoberto, serão apresentados diversos cartões;
  • Cada cartão contém um padrão de pontos multicoloridos. Há um número ou símbolo em cada padrão de cor. Se você puder identificar o número ou símbolo, você informará o médico o que enxerga em meio aos pontos coloridos;
  • Depois de verificar um olho, você cobrirá o outro olho e olhará para os cartões de teste e fará o procedimento de identificar números ou símbolos novamente.

O médico pode pedir para que você descreva a intensidade de uma determinada cor como percebida por um olho versus o outro.

Se você tiver uma visão em cores normal, esses números, formas e símbolos devem ser fáceis de distinguir. Caso você tenha alguma deficiência de visão de cores, encontrará mais dificuldade em enxergar os símbolos e deve informar o seu médico. É possível ainda ter um resultado normal no teste de visão de cores, mas ainda experimentar uma perda de intensidade de cor em um olho ou outro.

Para quem o teste de Ishihara é indicado?

Todas as pessoas podem, em alguma fase da vida, realizar o teste de Ishihara, mas ele é indicado principalmente para pessoas que tenham suspeita de daltonismo ou que tenham alguém da família com a doença. O teste de Ishihara pode ser aplicado desde a infância até a vida a adulta.

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O que é o daltonismo?

O daltonismo é uma condição clínica na qual o paciente tem dificuldade de diferenciar as cores, especialmente verde e vermelho, mas há também outras variações e diferentes graus de intensidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que cerca de 350 milhões de pessoas vivem com daltonismo no mundo.

Estudos indicam que essa condição é geneticamente hereditária, ligada ao cromossomo X. Por isso é muito mais fácil que o daltonismo esteja presente em pessoas do sexo masculino: mulheres possuem dois cromossomos X. Quando elas recebem de um dos pais o cromossomo com a mutação genética para o daltonismo, o outro cromossomo X, que é normal, negativa a alteração.

Apesar de distinguirem normalmente as cores, essas mulheres são portadoras do gene do daltonismo e podem transmiti-lo para seus filhos. Mas as mulheres só serão daltônicas se receberem do pai e da mãe o cromossomo X com o gene.

O principal teste de daltonismo é o teste de Ishihara?

Além do teste de Ishihara, existe outro exame que ajuda a identificar o daltonismo e a sua gravidade, o anomaloscópio de Nagelan.

Ele é realizado por um aparelho que divide o campo de visão do paciente em duas partes. Uma delas é iluminada por uma luz monocromática amarela e a outra é iluminada por diversas luzes monocromáticas verdes e vermelhas.

O paciente deve igualar as tonalidades dos dois campos visuais, ajustando a intensidade das luzes. O médico então compara as tonalidades reais e visualizadas pelo paciente. Com isso, é possível determinar qual o tipo e o grau do daltonismo.

Há ainda outros testes que foram feitos há anos, porém, com as tecnologias atuais, caíram em desuso.

Orientações para fazer o teste de Ishihara

Não existem riscos associados ao teste de Ishihara e nenhum tipo de preparação é necessária.

Se você usa óculos ou lentes de contato, deverá continuar usando ao longo do exame. Além disso, o médico só deverá fazer perguntas mais genéricas, para entender se algum medicamento pode ter interferência ou se existe na sua família algum histórico de daltonismo.

Conclusão do teste de Ishihara caso ele dê positivo

Se após o teste de Ishihara o médico concluir que você possui algum grau de daltonismo, ele fornecerá orientações importantes de como ter qualidade de vida e viver melhor com o problema, como usar filtros coloridos em seus óculos. Não há cura para o daltonismo.

Existem alguns desafios na vida de quem sofre com a doença, como não saber distinguir se uma banana está madura ou não, ou se confundir com as cores do semáforo. Mas tudo aqui é uma questão de adaptação e ajuste de rotina.

Um médico de sua confiança irá orientá-lo da melhor forma e dar dicas de como ter uma rotina de vida mais tranquila.

Entre em contato e agende uma consulta na Clínica de Olhos com a nossa equipe médica qualificada.

Fontes:

Science Museum Group

Academia Americana de Oftalmologia

Color Blindness

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